Deterioração mental pelo consumo excessivo de conteúdo online tem nome: "brain rot"
Por Débora Máximo
Publicada em 05/05/25 às 15:03h - 21 visualizações
Jô Damaceno
Compartilhe
Link da Notícia:
Em 2024, segundo o respeitado dicionário Oxford, a palavra do ano foi "brain rot". A expressão em tradução literal do inglês significa "apodrecimento do cérebro"; foi escolhida por descrever a deterioração mental causada pelo consumo excessivo de conteúdo online. E o que é pior: geralmente um conteúdo de baixa qualidade.
O termo foi usado pela primeira vez em 1854, no livro "Walden" (ou "A vida nos Bosques"), escrito por Henry David Thoreau. Na obra, ele criticava a tendência da sociedade inglesa de desvalorizar ideias complexas em favor das mais simples e superficiais.
A expressão permaneceu em desuso por décadas, até ser resgatada no contexto da era digital, já que nos tempos atuais, com a massificação dos conteúdos nas redes sociais, a situação de "brain rot" tornou-se um sério alerta para pais e educadores. Afinal, faz sentido a preocupação de Thoreau, há mais de 170 anos!
A causa do fenômeno - entre outros fatores - se dá pelo consumo constante de estímulos rápidos e triviais, que sobrecarregam o cérebro, criam dependência e dão a sensação de prazer ao usuário. Com isso surgem efeitos danosos como a dificuldade de concentração, perda de criatividade, ansiedade, irritabilidade e fadiga mental persistente, alertam especialistas da área de Psicologia.
Assim, a vida essencialmente digital, pautada na superficialidade, contribui para o adoecimento emocional e pode se mostrar um risco, em especial para os pequenos, já que pode impactar negativamente as capacidades cognitivas e a saúde mental. O fato é que a exposição constante às telas traz grandes possibilidades de acarretar o "brain rot", que pode inibir as habilidades imprescindíveis para a vida futura.
Mas, há providências imediatas que podem ser adotadas pelos pais, de forma a que a criança volte a ter motivação para buscar novas experiências e estabelecer conexões reais, de mais consistência. Administrar o tempo que o filho gasta na internet, em mídias sociais, vídeos e jogos online, além do acesso a conteúdos negativos e propagandas de uma vida inalcançável, também são ações de efeito prático a médio prazo.
(*) Débora Máximo é influencer e graduanda em Psicologia
Reprodução Uso indiscriminado das redes sociais e telas em geral pode levar ao efeito "brain rot"
ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.